Uvas

Uvas

As espécies silvestres são encontradas na América do Norte e na Ásia. A catástrofe ocorrida nos parreirais europeus, durante os anos 1800, causada pela introdução do míldio e da filoxera levou ao desenvolvimento de novas espécies visando o controle destas doenças e pragas. Exemplos são o uso da calda bordalesa e também uma exploração extensiva das espécies silvestres cavalos ou porta enxertos mais resistentes a doenças e pragas visando sua introdução no contexto genético .

A produção de uvas no mundo é muito explorada, mas, apesar disso, o consumo dessa fruta ainda é muito pouco difundido, sendo mais comum nas épocas de datas comemorativas.
Apesar de pequenina, essa fruta é muito poderosa e pode ajudar a nossa saúde de diversas maneiras.


Além de pragas e doenças, fatores abióticos também são associados com o cultivo
da videira, especialmente quando se trata da expansão da cultura para novas
regiões estes problemas podem ser contornados com o uso de químicos ou pelo desenvolvimento de cultivares resistentes e adaptadas ao cultivo nas condições edafoclimáticas destas regiões. O conhecimento das fontes de resistência às principais pragas e doenças, de adaptação às condições climáticas específicas e sua combinação
com atributos de qualidade, encontrados na espécie , são considerados de fundamental importância para manutenção de uma vitivinicultura próspera.Se quiser saber mais sobre culturas orgânicas clique aqui!

Uvas


Quase todas as cultivares americanas e várias espécies do leste da Ásia, carregam genes para resistência ao míldio. Os esforços para a exploração extensiva das espécies silvestres, visando o desenvolvimento de porta-enxertos resistentes e de cultivares-copa que reúnam
resistência e atributos de qualidade, tiveram início na metade do século XIX, quando
o governo francês incentivou a introdução de germoplasma americano. Este trabalho
obteve sucesso parcial, já que os parreirais de uvas viníferas em declínio foram substituídos por híbridos produtores diretos ou por viníferas enxertadas em portaenxertos resistentes à filoxera (ALLEWELDT; POSSINGHAM, 1988). A partir dos anos 1950.Os primeiros sucessos vieram com as cultivares „Phoenix‟ e „Regent‟, que apresentam resistência ao míldio e ao oídio e são reconhecidas pela qualidade do vinho. As novas cultivares resistentes não são
mais questionadas na Alemanha, onde já ocupam 33% da área plantada. Nas Américas, as espécies silvestres têm sido historicamente usadas no melhoramento, sendo responsáveis pelo desenvolvimento de híbridos interespecíficos de sucesso comercial (REYNOLDS, 2015).

Os antioxidantes estão mais comumente presentes na casca da fruta, o que é indicado pela coloração dela
Uvas Rosadas

As primeiras referências ao melhoramento genético da videira no Brasil vieram de
iniciativas privadas no final do século XIX (PAZ, 1898; SOUSA, 1969). Nos anos 1940, instituições públicas iniciaram estas atividades, inicialmente no estado de São Paulo e mais tarde no Rio Grande do Sul (CAMARGO 2000; POMMER, 1993; SANTOS NETO, 1971; SOUSA, 1969). O programa de melhoramento conduzido pelo Instituto Agronômico de Campinas é
um marco no início do desenvolvimento de cultivares adaptadas a climas tropicais e
resistentes a doenças no Brasil. O principal resultado deste programa foi o
desenvolvimento de porta-enxertos adaptados a condições tropicais, como „IAC 313‟
(sinonímia: Tropical), „IAC 572‟ (sinonímia: Jales) e „IAC 766‟ (sinonímia: Campinas)
(SANTOS NETO, 1971). Várias uvas de mesa desenvolvidas neste programa, como
Piratininga e Patrícia, foram fundamentais para o desenvolvimento da viticultura
tropical no Vale do São Francisco (SOARES; LEÃO, 2000). Com respeito às uvas
para elaboração de vinhos, o programa desenvolveu as cultivares híbridas Rainha
(IAC 116-31) e Máximo (IAC 138-22), cultivadas nos estados de São Paulo e
Espírito Santo, onde são usadas para elaboração de vinho branco e tinto,
respectivamente, que remetem ao vinho de uvas viníferas (CAMARGO, 2008).

Uvas Niagára

Principais Cultivares

Porta-enxertos

Em geral, os porta-enxertos cultivados em regiões de clima temperado também adaptam-se ao cultivo em regiões de climas quentes. Exemplo disto é o início da viticultura no Norte do Paraná, no Noroeste de São Paulo e no Norte de Minas Gerais, onde, nos idos das décadas de 1970 e de 1980, eram utilizados os porta-enxertos 420-A e Kober 5 BB. Outro exemplo é a viticultura tropical da Venezuela baseada, em grande parte, no porta-enxerto 1103 Paulsen.
Atualmente, no Brasil, graças ao trabalho pioneiro de melhoramento genético realizado por Santos Neto (1971), dispõe-se de porta-enxertos especialmente desenvolvidos para as condições de clima tropical ex: IAC 572 jales, IAC 766 Campinas, Pausen 1103, IAC 313 Tropical , SO 4 , VR 043-43, 420 A, os quais são especialmente recomendados para o cultivo das uvas americanas e híbridas.

Uvas rosadas


Niagara rosada

Origem:
A cultivar surgiu a partir de mutação somática ocorrida em plantas de Niagara Branca, por Antonio Carbonari, em 1933, no município de Louveira, estado de São Paulo. Rapidamente a variedade se disseminou pelos estados do Sul e Sudeste. A partir de vinhedos existentes na área da Estação Experimental da Embrapa Uva e Vinho, o material propagativo foi obtido, tendo sua introdução realizada na década de 80 em Telado do Laboratório da Virologia Vegetal. Posteriormente, a partir de estacas vegetativas, plantas foram formadas e submetidas ao tratamento térmico in vivo para remoção viral durante dois ciclos sequenciais de calor (totalizando 158 dias). Se quiser saber sobre culturas orgânicas clique aqui.

Depois deste processo, secções vegetais foram retiradas e estabelecidas in vitro, sendo realizada a regeneração de plantas a partir da extração de meristemas apicais por cultura de tecidos. Estas novas plantas, foram indexadas continuamente por métodos biológicos e moleculares para comprovação de sua sanidade em relação aos principais vírus que infectam a videira, especialmente: os vírus do complexo do enrolamento-da-folha; os vírus do complexo do intumescimento-dos-ramos; o vírus da degenerência-da-videira; o vírus da mancha-das-nervuras e o vírus da caneluras-do-tronco. Em 2007, o material de sanidade superior foi introduzido em Unidade de Validação de Termonúmeros, na Embrapa Uva e Vinho em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. Em 2014, depois de confirmada sua normalidade agronômica, identidade genética e sanidade viral; foi solicitada sua inserção no Registro Nacional de Cultivares/MAPA, tendo a Embrapa como uma de suas mantenedoras. Em 2015, ocorreu o primeiro edital de comercialização do material vegetal para constituição de jardins clonais em viveiristas licenciados pela Em

Isabel Precoce

Trata-se de um clone da ‘Isabel’ selecionado pela Embrapa Uva e Vinho, lançado como nova cultivar em 2002. Esta cultivar de uva tinta é recomendada como alternativa para a elaboração de vinho de mesa, suco de uva e também como opção para o consumo in natura (Camargo,2004). Apresenta as características gerais da Isabel, porém, tem maturação mais precoce, sendo a colheita antecipada em cerca de 35 dias. Diferentemente da cultivar Isabel, na qual é comum a presença de bagas verdes entremeadas no cacho maduro, a ‘Isabel Precoce’ apresenta maturação uniforme. A área cultivada com ‘Isabel Precoce’ vem crescendo tanto no Rio Grande do Sul com em novos pólos de produção de vinhos de mesa e de sucos das regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. É uma cultivar com ampla capacidade de adaptação

Isabel

‘Isabel’ é uma cultivar de uva tinta, muito rústica e altamente fértil, proporcionando colheitas abundantes com poucas intervenções de manejo. Tem o sabor característico das labruscas, adaptando-se a todos os usos: é consumida como uva de mesa; usada para a elaboração de vinhos branco, rosado e tinto, os quais, muitas vezes, são utilizados para a destilação ou para a elaboração de vinagre; origina suco de boa qualidade; pode ser matéria prima para o fabrico de doces e geléias.

É a cultivar mais plantada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Apresenta boa performance nos climas tropicais do Brasil, com resultados positivos comprovados no Noroeste de São Paulo, no Triângulo Mineiro, em Goiás e no Mato Grosso. Resultados mais recentes, ainda não conclusivos, indicam que esta cultivar poderá ser também uma alternativa para a produção de vinho de mesa e suco também no Vale do São Francisco. Normalmente os produtos elaborados com uvas da cultivar Isabel precisam ser cortados com vinho ou suco de cultivares tintureiras para obtenção de produtos com a intensidade de coloração que o mercado exige.

Uvas itália

A cultivar Itália é uma cultivar de película branca , resultado do cruzamento entre ‘Bicane’ e ‘Moscatel de Hamburgo’, realizado em 1911, por Angelo Pirovano, e originalmente chamado de Pirovano 65. É a principal uva fina de mesa cultivada nos principais pólos produtores brasileiros.
Dentre as principais características da cultivar Itália destacam-se a produtividade, que facilmente atinge 30t/ha/ciclo; a boa aceitação pelo mercado consumidor, tanto nacional quanto internacional; o bom tamanho de bagas; o sabor moscatel e; a boa resistência ao transporte e ao armazenamento.
Os principais problemas com a cv. Itália estão relacionados à sensibilidade às doenças, principalmente míldio e oídio, e à necessidade de mão-de-obra intensiva para realização dos tratos culturais, principalmente o raleio de bagas, que promovem perdas e aumentam o custo de produção. Isso tem feito com que muitos produtores procurem outras cultivares para diversificarem a produção.


Uvas Thompson

A Thompson é um tipo de uva fabricada e que não possui caroço. Sua produção se deu primeiramente nos Estados Unidos e, então, foi ganhando as outras partes do mundo, principalmente por sua praticidade.Apesar de estar bastante adaptada ao clima brasileiro, a uva Thompson é de origem turca ou grega. Trazida para o Brasil, conseguiu se instalar frente ao clima com bastante sol e chuvas esporádicas.Ainda assim, é uma espécie que está presente em quase todos os tipos de residência. Só de saber que a uva Thompson não tem caroço, já faz a maior diferença em seu consumo.A uva Thompson é rica em vitamina C e todas do complexo B, proteínas, carboidratos, iodo, fósforo e flavonoides. O potássio presente na uva também é um fator a se considerar, completando toda a equipe dos sais minerais.A ação antioxidante da uva Thompson favorece a desobstrução das artérias. Além desses, existem outros benefícios, graças a todos os seus compostos e valores nutricionais, que auxiliam em toda essa propriedade.A uva Thompson é uma importante fonte de vitaminas e sais minerais. Nela, você encontra compostos fundamentais para a nossa saúde e composição física e hormonal, sendo uma importante fonte alimentar.Esse são os principais benefícios da uva Thompson, parte importante para que se garanta toda a sua ação. Tal como as outras espécies e tipos de uva, o consumo da uva Thompson deve ser considerado a partir de cada dieta e cada necessidade de ingestão diária.

Uvas passas

No processo de secagem, as uvas são espalhadas por esteiras e colocadas ao sol, de duas a três semanas, dependendo do calor. “É ecológico, porque usa o sol para secar”, ensina o produtor. Há também o processo mecânico, este destinado às uvas claras.Do parreiral, as uvas vão para uma área onde são espalhadas sobre uma malha. Parece o café quando vai para o terreiro para secar. São uvas fora do padrão de tamanho, cor ou com algum defeito e que, ao serem processadas como uva passa, ganham em valor agregado.O cuidado principal é mexer para que a uva tome sol por todos os lados e seque completamente.

É muito simples o sistema. E ecológico porque é seco com o sol. Ainda vale entre 20, 30% a mais que fresca”,
Durante a secagem, a uva vai escurecendo, mesmo que seja de uma variedade clara. Enquanto alguns funcionários revolvem as uvas de um lado, do outro as frutas secas já são ensacadas.O teste para saber se está no ponto é manual. Você toca e vê que não tem mais suco. Então está pronta para recolher. Não precisa de máquina nenhuma. A variedade vermelha é mais vendida e tem mais valor”As uvas secas e ensacadas ainda são processadas, mas existe um outro jeito de fazer a secagem. Para que as uvas não escureçam e continuem clarinhas, amareladas, elas não podem ser secas ao sol. O processo é um pouco mais complicado. As uvas têm que passar por fornos.

Assim que chegam, elas são lavadas e recebem um produto que retira a oleosidade da casca. O encarregado do processo, Victor Tapia explica que isso permite que a fruta desidrate melhor.Depois desse processo elas vão para as bandejas plásticas, entram nas câmaras para receber o anidrido sulfuroso, uma substância para fixar a cor, e logo seguem para os fornos. O anidrido não fica nas frutas, ele se evapora.O termômetro aponta a temperatura do forno: mais de 50 graus. Dependendo da temperatura do dia e do forno, o processo pode durar cerca de 90 horas.Depois disso, tanto as uvas escuras quanto as claras seguem o mesmo caminho. São classificadas pelo tamanho, lavadas, centrifugadas e, depois, selecionadas. Passam pelo raio laser e raio X para detectar imperfeições. Ao lado vão caindo as uvas descartadas. Depois vem a seleção manual feita por mãos femininas e a embalagem.

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