PICÃO – Nativa na China e Japão, levado através das Filipinas para a África, possivelmente tenha vindo para o Brasil pelos escravos, preso em suas roupas.
Recebe vários nomes populares como amor-de-burro, amor-seco, carrapicho, carrapicho-agulha, carrapicho-cuambu, carrapicho-de-duas-pontas, coambi, cuambri, cuambú, erva-pilão, fura-capa, goambú, macela-do-campo, paconca, picacho, pico-pico e piolho-de-padre. Seus principais componentes químicos são acetilenos; ácidos cumárico, linólico, linoleico, nicotínico, salicílico, tânico; chalconas, esteróis, fenilacetileno, flavonóides, fitosteróis, fósforo, friedelina, glicosídeos de aurona, glicosídeos; hidrocarbonetos, limoneno, lupeol, mucilagem, óleo essencial, policatilenos, poliacetilenos, quercetina, taninos, timol, tridecapentin, triterpenos e xantofilinas, sais de potássio, cálcio e sílica.
Possui propriedades terapêuticas adstringente, antibactericida, antibiótica, antiblenorrágica, antiartrítica, antidiarreica, antiemético, antiescorbútica, antiespasmódica, anti-hemorroidária, anti-inflamatória, antileucorreica, antimalárica, antipirética, antirreumática, antisséptica, carminativa, cicatrizante, depurativa do sangue, diurética, emenagoga, emoliente, estimulante, expectorante, galactagoga, hepatoprotetora, hipoglicemiante drástica, hipotensiva, hipotensora, mucilaginosa, odontálgica, sedativa, tônica do sangue e tranquilizante.
É indicado no tratamento de abscessos, patologias da pele, aftas, amigdalite, angina, atividade pancreática e hepática, cicatrização, colesterol, cólicas menstruais, conjuntivite, diabetes, disenteria, envenenamento, distúrbios hepáticos, cefaléia, dor de dente, edemas, fadiga, faringite, febre, feridas, hemorroida, hepatite, hipertensão, digestão, infecções do estômago e dos rins, infecções das vias urinária e vaginal, infecções da boca e da garganta, hipertensão e icterícia.
Como usar: -Infusão: uma colher das de sopa ou cinco gramas da planta em meio litro de água em ebulição. Tomar de duas três xícaras ao dia, para o tratamento da hepatite, icterícia, diabetes e verminose.
-Infusão: uma xícara das de cafezinho da planta picada em meio litro de água. Tomar uma xícara das de chá de quatro em quatro horas ou fazer gargarejo, para o tratamento de amigdalite e faringite; compressas (deve-se usar o suco da planta, ao invés da infusão), para o tratamento de feridas, úlceras, hemorroidas, assaduras e picadas de insetos.
-Suco de folhas frescas, contusas: fazer compressas em feridas e ulcerações.
-Decocção: preparar 10 colheres das de chá de folhas em um litro de água para abluções, compressas tópicas ou gargarejos e para banhos duas vezes ao dia, atuando como vulnerário e antisséptico.